Em Fahrenheit 451 (1953), Ray Bradbury imaginou um mundo em que a televisão levara à perda do hábito de leitura, culminando num Estado que suprimira o senso crítico. Livros eram queimados porque estimulavam o pensamento independente, e o título remete à temperatura em que papel incinera. Mas uma comunidade resistia, memorizando obras completas a partir de seus últimos exemplares impressos, transmitindo-as às gerações seguintes. Esses foras da lei arriscavam as vidas por entenderem que o mais precioso bem que a humanidade possui é a razão. O livro tornou-se um libelo contra a censura em regimes totalitários. Em uma democracia – pensávamos – isso jamais aconteceria.
Proa
Cristina Bonorino: movimento contra a razão
Existem várias maneiras de ativismo cívico, uma delas é a luta de cientistas ao redor do mundo para defender a verdade dos fatos contra manipulações populistas