Assombra o país a onda de violência deflagrada no Espírito Santo depois que a Polícia Militar deflagrou uma greve branca por reivindicações salariais. A estratégia dos PMs, que exercem uma atividade essencial e não podem fazer paralisações, foi fingir que estão bloqueados nos quartéis por seus próprios familiares, que formam piquetes para exigir reajuste, auxílio-alimentação, periculosidade, adicional noturno e insalubridade – vantagens que os soldados provavelmente merecem. O problema é o cinismo do movimento, que gerou arrastões, roubo a lojas, assaltos nas ruas, depredações e tiroteios que já contabilizam mais de 70 homicídios em quatro dias. Trata-se, portanto, de um motim contra a população.
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