DEPOIS DA POSSE
Mais do que nunca, a política precisa de renovação. Não apenas da renovação das caras, porém de atitudes. O eleitor já não aceita mais as velhas chanchadas políticas. Que os empossados lembrem que na realidade o verdadeiro patrão, o verdadeiro chefe, é o eleitor, é o povo, é a comunidade que paga religiosamente seus salários e merece, muito mais do que ser respeitada, ser tratada com dignidade. Que o prefeito entenda que a cadeira na qual está sentado não lhe pertence e que uma vez ali sentado trabalhe em prol de toda uma população, que a porta do seu gabinete não deve nunca ser trancada para conchavos políticos, mas o ponto de encontro, o local de diálogo com a população. Enfim, que cada funcionário público empossado saiba respeitar cada centavo do salário que lhe é creditado, tenha consciência de que aquele valor recebido ao final do mês custou muitas gotas de suor, muito sacrifício, muita coisa que deixou de ser comprada para o bem-estar da família, tudo para respeitar as leis.
Jaí Antonio Strapazzon
Técnico em segurança do trabalho – Sapucaia do Sul
CRIMINALIDADE
A chacina de Manaus expõe ao ridículo a nossa administração pública. Presos soltos, por falta de presídios, ou pela ineficaz legislação, são uma ameaça. Não tem hora nem local para que eles cometam suas atrocidades. Vamos esperar até quando para fazer uma reorganização nesta estrutura e começar a construir presídios? Prisões seletivas que sirvam para corrigir e não para formar bandidos, como as que temos hoje. Sempre temos a desculpa de que não existem recursos. Para que servem um Legislativo caríssimo, inoperante e, na maioria, corrupto e um Judiciário moroso para aplicar uma legislação branda? Não seria o caso de diminuir esses gigantescos efetivos e aplicar na infraestrutura para geração de empregos e dinamizar a legislação, para torná-la mais efetiva? Com a criação de empregos estaríamos diminuindo o contingente de criminosos.
Paulo Clóvis Stein Garcia
Aposentado – Porto Alegre
Não esperava, no fim do ano, ler essa grosseria escrita na página 10 sobre os aposentados do Rio Grande do Sul (ZH, 30/12). Como sempre, a culpa dos problemas deste Estado são os aposentados. Isto é resultado da falta de planejamento. O Estado faz concurso, aprova, nomeia os seus funcionários e acha que estes nunca se aposentarão.
Sonia Pires
Professora – Pelotas
Muito boa a coluna de Carpinejar "The Voice Brasil anônimo" (ZH, 3/1). Me fez refletir muito. Não só eu, como diversas pessoas. Realmente, o cronista tem razão quando escreve que qualquer político desistiria diante do desinteresse geral.
Miriam Vieira
Cabeleireira – Terra de Areia
Com relação ao editorial com título "A degradação da administração pública" (ZH, 4/1), o editor foi infeliz. Ao culpar, novamente, os funcionários públicos (concursados) pela "crise" do país, Estados e municípios, esquece que os maiores surrupiadores do dinheiro público são políticos e seus cargos em comissão (CCs), que, associados com empresas privadas, coadunam-se para atender a interesses pessoais, usando o bem público. Ou será que foram os funcionários públicos que quebraram a Petrobras? Quantos funcionários públicos estão presos em decorrência da Operação Lava-Jato? Quantos funcionários públicos recebem polpudas isenções fiscais? Com a incompetência da classe política e a omissão por interesse dos formadores de opinião, está aberta a temporada de caça ao funcionalismo público. A conta desse massacre vai vir ali na frente, e todos vamos pagar, inclusive políticos, CCs, funcionários públicos, editores...
Ronaldo Fantinell
Funcionário público – Tapera
Fiquei emocionado e compadecido com a nota emitida pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) na página 4 (ZH, 4/1). Afirmam "estar fazendo sua parte". Que nobreza! Sim, mas com outras fontes de verba que não a sua própria. Como o Judiciário tem ajudado o nosso Estado! Impressionante! Mas ateve-se a apresentar dados dos últimos 10 anos, pois, se levar em conta 2015/2016, o cenário é bem outro. Basta chegar àspáginas 8 e 9e vemos que a realidade é outra. Aumento de 9,84%, nos gastos com diárias, que chegou a R$ 4,3 milhões. Foi o único dos três poderes que não apresentou redução. E, se é o caso de falta de pessoal, o Executivo é o que mais apresenta defasagem. Quanto mais conhecemos o Judiciário, mais questionamos sua credibilidade e imparcialidade. Como diz a voz do povo: "O Legislativo gasta, o Judiciário esbanja e o Executivo paga a conta dos dois".
Paulo Caetano Negrini
Engenheiro – Porto Alegre
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