FORÇA DO CORPORATIVISMO
Vimos, mais uma vez, a força do corporativismo do Judiciário, da Promotoria, da Defensoria Pública e do Legislativo pela não aprovação do duodécimo. Esses gaúchos que se acham especiais se negam a pagar o ônus e só querem bônus e vantagens, deixando para os funcionários do Poder Executivo pagarem a conta. É incrível que a Justiça não consiga fazer justiça quando está incluída em algo em que tenha de dividir seu bônus. O Legislativo tem seus deputados com aposentadoria especiais e verba de gabinete para sustentar essa máquina de CCs e nada disso foi mencionado no pacotão do governo. Quando é para tirar dos outros, é fácil, mas não mexa no meu. Acho que está na hora de os eleitores pedirem a redução do número de deputados e fazer do Legislativo uma verdadeira Casa do Povo.
Luiz Gonzaga Fernandes
Engenheiro – Novo Hamburgo
O ASSALTO AO POVO GAÚCHO
Neste final de ano, assistimos ao episódio lamentável da extinção indiscriminada das fundações do Estado, juntamente com esta vergonha que foi a votação da correção (legítima) do duodécimo, recheada de pressões de baixo nível com juízes ameaçando deputados com retaliações de todos os tipos por mensagens e redes sociais. Infelizmente, o Legislativo, um dos dois poderes que recebem benefícios e verbas desproporcionais ao seu serviço ao povo gaúcho, novamente não cumpriu seu papel. Como podemos dizer que vivemos numa democracia se o poder chamado "Justiça" coloca seus direitos à frente dos seus deveres? Até quando as corporações continuarão com seu assalto ao caixa do Estado, usufruindo de vantagens salariais e desrespeitando outros servidores públicos?
Jose Eduardo Del Grande
Médico – Bento Gonçalves
IPTU E JUROS
Me sinto um cidadão envergonhado. Que façanhas que não servem mais. Briga de prefeitos... Minha conclusão: se tem desconto em serviços e impostos é porque está caro. Dar desconto é abrir mão de receita.
Ilvo E. Poersch
Administrador – Lajeado
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
A reforma da Previdência é uma necessidade. Gera desconformidades e apoios. Uma coisa é indubitável: não pode continuar como está. A grande dúvida: causas. Alvitra-se tudo, menos o primacial: um empreendimento desse jaez tem de repousar sobre um fundo que deveria ter sido amealhado nos primeiros anos, quando o dinheiro só entrava. O que foi feito? Dilapidou-se em obras como Itaipu, Transamazônica etc.
Jayme José de Oliveira
Aposentado – Capão da Canoa
"RIP ou DEP?"
Ao que me consta, não nos chamamos "Estado Livre Associado do Brasil", como é a denominação de Porto Rico. Nosso idioma oficial é o português. Então por que esta fixação terceiro-mundista no inglês pelos brasileiros, que têm um dos idiomas mais ricos do mundo e insistem em adotar termos norte-americanos que só demonstram seu servilismo? Cada vez que morre uma pessoa famosa, como o cantor George Michael, as redes sociais enchem-se de condolências com os termos clássicos em inglês RIP (Rest in Peace). Porque não DEP (Descanse em Paz)? Quando teremos orgulho de nós mesmos?
Fernando de Oliveira Souza
Médico – Santa Maria
Não concordo com o editorial de Zero Hora (ZH, 27/12). O texto publicado demonstra a parcialidade do jornal com as reformas trabalhistas propostas pelo governo federal. A argumentação não se sustenta. Jogar a culpa das mazelas por que passa a economia nas costas do trabalhador é uma solução simplista. A tal "modernização" das leis trabalhistas não passa de um ataque aos direitos duramente conquistados ao longo do tempo. Esquece o editorial de referir que o empregado é a parte mais fraca na relação capital-trabalho. Também que o trabalhador recorre ao Judiciário porque tem seus direitos aviltados, via de regra. Esquece, ainda, que o sistema sindical brasileiro perdeu sua força de barganha depois de 1964. Ora, com sindicatos fracos, onde fica o poder de discussão do empregado? Negociação direta "fiscalizada" para que os trabalhadores não percam as condições de igualdade com os patrões? Pura balela!
Luiz Eduardo Vieira Oliveira
Advogado – Gravataí
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Editado por: Rafaela Ely – 3218-4317