O Rio Grande do Sul tem uma sociedade ativa, um setor produtivo competitivo, um agronegócio pujante, um ambiente acadêmico de ponta, um polo tecnológico promissor. Por outro lado, temos um setor público antigo, com estruturas e processos defasados, sem acompanhamento de indicadores e resultados e desfocado das áreas prioritárias.
Acreditando nesse processo, no primeiro ano de governo, o governador Sartori firmou o Acordo de Resultados com as secretarias e órgãos da administração direta e indireta. Estabelecemos metas das principais políticas públicas e serviços financiados pelo orçamento estadual, avaliando o desempenho e adotando ações corretivas. Além disso, realizamos um profundo diagnóstico para identificar sobreposição de funções, burocracias em excesso e serviços que não precisavam mais ser estatais.
Constatamos que o Estado possui mais de 40 organizações, sendo que a maioria delas surgiu a partir dos anos 60. O momento histórico, social, tecnológico e econômico era outro. As necessidades e prioridades mudaram. Essas instituições e órgãos prestaram serviços relevantes, mas um novo Estado precisa ser construído – mais eficiente e com um custo que a sociedade consiga pagar.
O Plano de Modernização do Estado, que a Assembleia Legislativa está apreciando, busca começar esse caminho de mudança. Precisamos entender a realidade e ter atitude para apresentar à sociedade gaúcha um Estado que priorize segurança, saúde, educação, programas sociais e infraestrutura, deixando de gastar com serviços que não são essenciais ou cujas necessidades podem ser supridas pelo mercado.
É inadmissível um Estado antigo num mundo moderno. Não serão ideologias, promessas fáceis ou fórmulas mágicas que nos farão sair desta crise. Já foi o tempo em que se governava com intuição. Precisamos perenizar a dinâmica de metas, indicadores e acompanhamento de resultados. A mudança só virá com gestão.
O Rio Grande do Sul recupera seu pioneirismo e espírito de transformação. Vamos pensar simples, agir com transparência, determinação e foco. Compreendemos as reações e somos solidários aos que são impactados pelas medidas, mas precisamos estar pautados pelo interesse dos mais de 11 milhões de gaúchos.