IMPUNIDADE
Paulo Mazeron
Engenheiro – Porto Alegre
SULGÁS
Considero que o governo deve adotar medidas para enxugar a máquina pública, porém há um erro enorme neste pacote quando vejo inserido nele a Sulgás. Esta é a segunda estatal mais rentável e terceira melhor empresa do setor de energia do país (Revista Exame). Uma companhia com esses títulos é uma joia. Com certeza, assim como o Banrisul, ajudaria muito mais o Estado sendo do povo gaúcho do que sendo privatizada, já que possui gás e recursos em larga escala disponíveis para investir no Rio Grande. Se falta dinheiro, qual o motivo de venda de uma empresa como esta, altamente rentável com uma perspectiva de crescimento de receita dessa natureza? Uma pena um erro desses de avaliação do governo.
Tiago Marchese
Engenheiro – Porto Alegre
REFORMA DO ESTADO
O pacotão do governo Sartori tem mérito. Crise profunda, corte e reforma do Estado. A postura das lideranças deve mudar. Presidentes de sindicatos têm de aceitar mudanças. Empresários têm de aceitar redução de benefícios fiscais. Teto salarial tem de ser para valer. Procuradores não podem querer remuneração por causas ganhas como se não fossem servidores públicos. Aplausos ao acordo do governo federal com governadores por um novo padrão de responsabilidade na gestão pública. Mas cuidado para que o custo das reformas não seja pago somente pelos da base da pirâmide social. Quem se beneficia do dinheiro público tem que pagar a conta. Para ser justo, quem leva mais tem de pagar mais.
Martim Saraiva Barboza
Aposentado – Porto Alegre
INCONSTITUCIONALIDADE
Se o Congresso aprovar a anistia, como parece que vai acontecer, caberá à PGU – ou outro legitimado, inclusive a OAB – promover ação de inconstitucionalidade pela evidente violação ao princípio constitucional da moralidade, que deve nortear todos os atos da administração pública, inclusive os de natureza legislativa. E nada seria mais ofensivo ao princípio do que legislar em causa própria para fugir à punição por crimes já praticados. De resto, não estaria presente aquela motivação, de interesse geral, que deve justificar uma medida de perdão por crimes já praticados.
Pedrinho Bortoluzzi
Advogado – Santa Maria
Tulio Milman acha que esse pacote do governador é o ato mais corajoso da história do Rio Grande do Sul (ZH, 22/11)! Só pode ser uma piada de mau gosto com interesses ocultos, pois esse não é um ato de coragem, e sim um ato de covardia desse governo. Mais uma vez, quem vai pagar são os funcionários do Estado. Como será o Natal das famílias dos prejudicados pelo pacote? Isso a RBS não enxerga? É um filme de terror ver o comentarista defender essas medidas que geram desemprego!
Ricardo Mohr
Eletricista – Passo Fundo
Deparei com um absurdo tão grande no artigo de Antonio Padula (ZH, 23/11), que fiquei pasmo como ele se intitula professor. Chamar os alunos de "o resto dos restos" é a afirmação mais abjeta que vi depois da redemocratização. Somente um capacho intelectual da ditadura teria a capacidade de dizer coisa parelha! A universidade é o fórum adequado, justo e perfeito para o embate de ideias e práticas. Não importa se elas são de esquerda, direita, diagonal ou o que seja, mas devem ser respeitadas. Um verdadeiro professor jamais poderia referir-se aos alunos com tal desprezo, independente do pensamento político.
Walter Nique
Professor – Porto Alegre
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