AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
Têmis, os olhos vendados, empunhando na destra a poderosa espada em defesa da lei e com o braço esquerdo, erguido ao infinito, sustentando a balança da equidade, da igualdade, é a deusa que simboliza a justiça, a lei e a ordem, protetora dos oprimidos. Se Cármen Lúcia, a presidente do STF – que, a meus olhos, personifica aquela deusa grega –, trouxer à pauta de julgamento a liminar que com autocondescendência fora deferida pelo ministro Luiz Fux pela concessão do (momentaneamente "legal") benefício do auxílio-moradia aos magistrados, e convenientemente engavetada em sono hibernal, será os raios primeiros das luzes da ética e da moralidade impostas a esse poder em todas as suas instâncias.
Sergio Agra
Escritor – Capão da Canoa
GESTO NOBRE
Só poderia partir de um cavalheiro inglês como Lewis Hamilton o gesto de colocar uma jaqueta sobre os ombros da garota que segurava o guarda-chuva e a placa do piloto. Todos estavam bem agasalhados, menos as meninas que estavam de vestido curto e com as costas descobertas. A direção da prova de F-1 só lembrou de faturar, não pensando na saúde das garotas que estavam trabalhando. A ganância é superior ao respeito humano.
Norberto Kley De Carli
Aposentado – Canoas
EM DIA DE PROTESTOS
Devo parabenizar o secretário Schirmer pela firme e pronta decisão de reprimir manifestações populares que impeçam o livre direito de ir e vir, desobstruindo as vias públicas eventualmente tomadas por organizações que tentam manter privilégios do setor público, mesmo que seja com uso da força policial. Para qualquer reivindicação, justa ou injusta, poderia ser cedida a pista do sambódromo, que fica sem utilidade em 350 dias por ano, com espaço para armarem barracas de lanches e bebidas, além de local para estacionamento de veículos sonoros.
Romeu Michaelsen
Economista – Porto Alegre
LAVA-JATO X TRUMP
O povo e a imprensa brasileira são engraçados, irresponsáveis e com foco distorcido! Enquanto ficam preocupados com a política nos Estados Unidos, nossos políticos, mestres da falcatrua, agem nas sombras para frear a Lava-Jato! Temos que acordar!
Allan Machado Feliciani
Administrador – Ijuí
REFLEXÕES SOBRE O MUNDO QUE MUDOU
Há alguns anos, a globalização era apontada como um grande mal paradoxalmente por quem poderia se beneficiar mais dela. Países como Coreia, China e Índia viram a oportunidade e alcançaram progressos importantes no seu desenvolvimento, mudando de patamar econômico e social em curto espaço de tempo. Países da América Latina que, como o Brasil, têm historicamente uma posição xenófoba, preconceituosa e protecionista, principalmente em relação aos Estados Unidos, não embarcaram no trem do progresso. Os EUA elegeram um presidente que tem o mesmo discurso xenófobo, preconceituoso e protecionista. Os que demonizavam a globalização e bombardearam a Alca hoje deploram a ameaça que isto representa. Vai entender...
Rubens Correa Rechden
Engenheiro – Porto Alegre
Tenho notado que, assim como o jornalista Paulo Germano, alguns professores querem nos fazer acreditar que a maioria não representa mais a verdadeira democracia (ZH, 10/11). É óbvio que não queremos experimentar novamente sistemas retrógrados. Mas melhor do que a democracia não existe, quiçá nunca existirá. A vontade da maioria para o Paulo Germano, para alunos e para alguns professores e outros pensadores só é boa quando está aliada aos seus ideais. Só é boa quando elege os candidatos que compartilham das suas ideias. Se não estiverem de acordo com sua doutrina, estão errados. Até pouco tempo atrás, eles não colocavam em xeque essa vontade. Por que mudaram agora e estão disseminando esse novo pensamento? É por que os candidatos deles não se elegeram?
Luís Sérgio Mirapalheta Lucas
Microempresário – Porto Alegre
Quero cumprimentar a jornalista Rosane de Oliveira pelo enfoque corajoso, brilhante, extremamente lúcido e real da coluna (ZH, 14/11), embora de sabor amargo sobre as finanças e a (péssima) gestão pública em todos os órgãos e em todos os níveis no Rio Grande do Sul. Devemos fazer um mea-culpa e entender que, se continuarmos tentando remendar a situação, logo não haverá recursos sequer para manter esta estrutura viciada, inoperante, ultrapassada e cega na qual se transformou o Estado. Enquanto cada um quiser defender o seu e o resto que se dane, vamos todos pagar muito caro em breve... inclusive os que hoje vivem na bonança. O corporativismo que assola este país em todas as áreas vai nos levar à insolvência. É triste saber que alguns acham que o governo do Estado está guardando dinheiro embaixo do colchão para aplicar no período eleitoral.
Júlio Sortica
Jornalista – Porto Alegre
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