A GUERRA NÃO DECLARADA
O brasileiro está se acomodando à violência como uma fatalidade inexorável. A violência urbana, como fenômeno sociopolítico, precisa ser analisada sem simplificações ou suposições. As razões da recrudescência da violência são múltiplas e difíceis de discernir. É uma constelação de fatores que está em ação. Alguns deles são de ordem direta, como distribuição da renda e de terras, urbanização e habitação, educação, saúde, desemprego, deficiência do sistema de segurança pública, ausência de legislação ou legislação desatualizada, deficiência dos quadros da Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública. Outros fatores são de ordem indireta: família, religião, cultura, mídia, esporte e lazer. É a partir disso que se pode traçar a linha de desdobramentos que conduz à degeneração e à exclusão individual e social. O Brasil está doente e precisa reagir!
Augusto César Martins de Oliveira
Coronel da reserva do Exército – Rio Grande
OUTUBRO VERMELHO
É lindo ver o país enfeitado de rosa, pena que a propaganda não lembre que 15 mil mulheres morrem de câncer de mama, muitas por falta de diagnóstico a tempo de salvá-las. Triste é saber que a tecnologia de ponta não alcance as que moram nas periferias e regiões cronicamente ignoradas pelo poder público. O câncer tem pressa e, justamente por saber disso, nossos governantes, hipocritamente, preferem tratar-se em hospitais privados e caros, a enfrentar as filas dos hospitais públicos. Pior é, cinicamente, terceirizar essa culpa, atribuindo às próprias mulheres a responsabilidade por suas mortes prematuras.
Magda de Almeida
Jornalista – Porto Alegre
PRISÃO APÓS SEGUNDA INSTÂNCIA
A decisão do STF de manter a possibilidade de prisão de réus após condenação pela Justiça em segunda instância representa um duro golpe na impunidade. Deve haver muitos corruptos por aí apavorados e de cabelo em pé.
Clovis José Formolo
Aposentado – Porto Alegre
PÔNCIOS PILATOS DE 2016
O número de abstenções nas eleições chamou atenção. Não vejo motivo para ovacionar a rebeldia de quem lava as mãos para o processo democrático. Já dizia Martin Luther King: "O que me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons". O voto foi conquistado com muito custo por brasileiros e brasileiras no decorrer de nossa história. Não será com indiferença que daremos a reviravolta de que nosso país tanto precisa.
Alex Eberle
Estudante de biomedicina – Flores da Cunha
PARTIDOS INVISÍVEIS
Encerradas as eleições na maioria das cidades do Estado, ficou claro o sumiço dos partidos, com o aparecimento de novas marcas para identificar coligações, sendo difícil de encontrar nas manifestações um grande número de bandeiras dos partidos. A impressão é de que, devido aos escândalos envolvendo partidos políticos, marqueteiros decidiram desvincular os candidatos dos partidos, apostando nos nomes das pessoas e das coligações. A mudança foi significativa em todos os materiais de campanha, sumindo logomarcas consagradas, o que confundiu o eleitorado.
Paulo Franquilin
Jornalista – Porto Alegre
A HISTÓRIA SE REPETE
O ciclo de governos socialistas se encaminha para o final costumeiro e quase trágico. Começa novo ciclo liberal, ares capitalistas oxigenam o mercado e anos de crescimento econômico devem ser esperados. Após décadas, novo ciclo socialista deve ressurgir propalando as mesmas ideias progressistas. É esta roda da história que nos mantém no mesmo lugar.
João Luiz Couto Anzanello
Médico – Porto Alegre
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Editado por: Rafaela Ely – 3218-4317