Ao entardecer do dia 2 de agosto, fui assaltado por dois rapazes que, após me derrubarem no canteiro central da Avenida Pan Americana, no Jardim Lindóia, deram-me um pontapé, arrancaram-me as chaves do carro e se foram. Aos 86 anos, sofrer tamanha agressão é difícil e desde então tenho encontrado companheiros na mesma situação. Então, cheguei à conclusão que devíamos criar a "Associação Porto-alegrense de Assaltados".
Seria uma entidade sem fins lucrativo e elegeria como presidente honorário o prefeito Fortunati, tendo em vista que ele escreveu no jornal (ZH, 23 e 24/7) um texto citando 15 itens que impressionam a respeito de "modelo de gestão" da Capital. Entre eles, destaco a Cidade Amiga do Idoso (só se for daqueles que têm foro privilegiado) e Cidade Inteligente. Esta última é possível, pois acolhe estúpidos que escolheram viver sem segurança, em ruas abandonadas, pagando alto IPTU e com uma água podre. Vamos lá, ilustres assaltados, fundar a nossa associação.
José Francisco de Andrade Neves Meirelles
Advogado – Porto Alegre
Inconformismo
Saiu do nosso meio uma médica, que estudou a vida inteira e, após a faculdade, e de mais seis anos de especialização, se casaria em breve. Ficamos com uma besta que a matou sem motivo algum e que, no mínimo, deveria pegar prisão perpétua.
Não posso aceitar essa barbárie nem mesmo as explicações do nosso governador que analisa nossa segurança como algo em nível aceitável. Não me conformo com o que aconteceu com Graziela nem com as explicações dos que se nominam autoridades.
Henry César Grimaldi
Engenheiro mecânico – Porto Alegre
Médica morre após ser baleada em assalto na zona norte de Porto Alegre
Carro de médica morta em assalto é encontrado na Capital
Insegurança
Chegamos numa situação em que, por mais pessimistas que quiséssemos ser, não poderíamos imaginar que chegaríamos. E o mais preocupante é a constatação que poderá piorar ainda mais em uma proporção geométrica. Enquanto isto, nossos governantes continuam inertes. Estamos com uma lei prisional totalmente ultrapassada, sem contar com um décimo dos presídios que deveríamos ter, e nem uma pedra do alicerce está sendo colocada nem projetada para ser. Pena de morte seria uma situação emergencial para dar uma freada nesta avassaladora matança de inocentes.
Falo na pena de morte para criminosos, porque para inocentes e pais de família já foi decretada pela "bandidagem" há muito tempo. Estamos presos, com receio até de comprar pão na esquina, porque não tem hora e nem lugar para sermos atacados. E se o bandido não simpatizar com nossa cara mete "chumbo", sem dó nem piedade. Se o bandido tiver a infelicidade de ser preso, pode ser solto por falta de vagas ou faz alguns pernoites em algum presídio e em seguida é solto, e com o aval do Estado estará novamente na esquina, com uma arma comprada em nossas fronteiras livres.
Que futuro estamos deixando para nossos descendentes? Até quando estarão vivos, junto a nós? Desejaria ter o séquito de seguranças que têm os governantes que afirmam que a situação está tranquila e que nós e a imprensa é que estamos paranóicos.
Paulo Clóvis Stein Garcia
Aposentado – Porto Alegre
Descoberta pela imagem
O leitor Vitor Bisch teve fotos suas publicadas por ZH e descobriu um novo interesse. Ontem, ele escreveu para contar:
– Gostaria de agradecer os destaques que vocês deram para as minhas fotos. Vou iniciar um curso profissional de fotografia e um dos maiores incentivadores foram vocês da Zero Hora. Muito obrigado.
Excelente o artigo do desembargador Rinez Trindade (ZH, 16/8). Sartori, além de até agora não dizer a que veio, está totalmente por fora sobre como governar o Estado. Está escondendo a real situação financeira "encostado" na crise financeira do país. Não está pagando R$ 270 milhões para a União, está humilhando e constrangendo os funcionários com este ridículo parcelamento de salários. Podia pedir o boné e cair fora ou fazer um estágio no governo de Santa Catarina para ver como se governa.
Alcir P. Pinto
Aposentado – Porto Alegre
Creio que os especialistas consultados na coluna da Rosane de Oliveira (ZH, 13 e 14/8) sobre presídios devem entender é de criação de cargos públicos. O problema principal do Estado, nas áreas de segurança e saúde, é falta de dinheiro e gestão. Nunca haverá boa gestão enquanto os cargos públicos forem ocupados por políticos que se elegem com um discurso e logo aceitam ocupar cargos. Como ficam os eleitores?
Os eleitores elegem deputados, não secretários.
Adahir da Costa Stone
Aposentado – Porto Alegre
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Editado por: Lúcia Pires – 3218-4399