Seu João Idalício, meu velho pai, tem sentenciado com frequência: "Filha, enquanto os políticos ganharem fortunas, a gente vai ter roubalheira e corrupção". O raciocínio parece simplista, mas não é. Aos 83 anos, sabedoria não lhe falta. Compactuo da ideia e penso: como reverter a complexa conjuntura política do Brasil em tempos de esquemas de corrupção tão escandalosos, que são verdadeira afronta à sociedade? Pode parecer radicalismo, mas uma das soluções é mexer no bolso dos parlamentares. Mas como alterar um sistema tão enraizado? Reforma política. Proponho que exista um item descrito exatamente nestes termos nas novas regras: "O salário de qualquer político, seja ele da esfera municipal, estadual ou federal, não pode ultrapassar, em hipótese alguma, o teto do salário de um professor de Ensino Fundamental da rede pública". Em outras palavras, salários de políticos e professores devem ser equiparados. Afinal, para os homens do poder, a remuneração dos educadores parece estar OK.
Artigo
Janaína Kalsing: política com amor
Se no Brasil a profissão de político for equiparada financeiramente à de professor, teremos mais pessoas trabalhando por sonho, por vocação.