No orçamento familiar, quando se gasta mais do que se ganha surgem as dívidas, que precisarão ser pagas um dia. No entanto, é bastante provável que você consiga enxergar e entender onde gastou demais e traçar um plano, ainda que de difícil execução, para saldar os débitos. Pode ser que isso seja difícil, que você precise de alguma ajuda, mas é factível e altamente aconselhável. Você ficará triste, preocupado, mas estará ciente das causas e consequências da sua própria gestão financeira e dos percalços que enfrenta.
No caso do orçamento público, a lógica do gasto ser menor que a receita para não gerar dívida é exatamente a mesma. A diferença é que o dinheiro que está lá não é de quem o gasta. O Estado, através dos seus processos de gestão, emprega o dinheiro arrecadado para poder oferecer os serviços que a sociedade precisa (saúde, educação, segurança, etc.). Quando ele se endivida é porque ele está arrecadando menos ou ofertando serviços de forma ineficientes para a sociedade (caros ou para as pessoas erradas).
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Ely José de Mattos: orçamento do Estado não é como o da sua casa
Economista. Professor da Escola de Negócios da PUCRS
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