A era do governo Dilma vai ficar na história do país como um dos piores períodos desde a redemocratização. Dilma entrega o governo com a perda do selo de grau de investimento, taxa de desemprego de 10,9% e destruição de 1,9 milhões de vagas de trabalho em 12 meses, um estoque de 11 milhões de desempregados no país, além da queda da renda do trabalhador.
Quando assumiu o governo, em janeiro de 2011, o país vinha de um crescimento de 7,5% no ano anterior, a inflação medida pelo IPCA estava em 5,9% e a taxa de juros Selic em 10,75%. A relação da dívida bruta/PIB era de 52%, e o país registrava um superávit primário de 2,6% do PIB. O déficit da Previdência Geral, somando INSS e os servidores públicos da União, era da ordem de R$ 91 bilhões.
Agora, Dilma entregou o governo com uma queda do PIB projetada em 3,8% pelo segundo ano consecutivo, inflação beirando os 10% em 12 meses e a taxa de juro Selic em 14,25%. A relação da dívida bruta/PIB explodiu para 67%, e com tendência de alta. O governo acumula um déficit primário de 2,3% do PIB nos últimos 12 meses. Com esses números, o governo Dilma também entra para a história como o primeiro a registrar déficit primário desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi implementada, em 2001. Além disso, o déficit da Previdência Geral projetado para este ano saltou para R$ 195 bilhões.
A Petrobras, maior empresa do país, registrou um lucro líquido de R$ 35 bilhões no início do governo Dilma. Em 2015, a empresa encerrou o ano com prejuízo líquido de R$ 37 bilhões. O endividamento líquido saltou de R$ 62 bilhões para R$ 369 bilhões, a maior dívida corporativa do mundo. Com alto endividamento e má gestão, o valor de mercado da empresa em bolsa teve queda de 60%. Neste período, o Ibovespa apresentou queda de 24%.
O governo Temer terá como prioridade o ajuste fiscal e a reforma previdenciária para alcançar o equilíbrio e voltarmos a crescer. Segundo Temer, o governo terá pouco tempo, mas o suficiente para fazer as reformas de que o Brasil precisa. Ele sabe que os próximos meses serão cruciais para mostrar que o governo está focado nas mudanças necessárias para que o país saia da recessão.
Leia outros textos de Opinião