Antigamente havia, das cinzas até a Páscoa, um tom fortemente cinzento, de cruéis penitências, orações intensas e sacrifícios exagerados. Era um período extremamente escrupuloso. Não se podiam fazer festas, ir a bailes, celebrar casamentos, fazer folia... A exigência da conversão se dava meio de sermões apavorantes, que lembravam o fogo do inferno, na reflexão constante da via-crucis. A cruz era o ícone para uma verdadeira revisão de vida. O acento se dava no temor apavorante de Deus, visto na figura de um juiz condenatório, não naquele Pai misericordioso.
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