Se de qualquer candidato a ingressar na vida pública se espera uma folha corrida das mais transparentes, imagina para quem almeja ser presidente da República, primeiro-ministro ou secretário-geral da ONU. Tudo bem que no Brasil esse pré-requisito nunca foi levado a sério - do contrário, o país não teria elegido Fernando Collor de Mello em 1989 -, mas qualquer político que tiver a ambição de se tornar chefe de uma nação ficará muito mais visado do que um prefeito ou vereador de uma cidade interiorana. Se flertar com a corrupção, a chance de que saia no mínimo chamuscado é muito maior. Para que não pairem dúvidas sobre a conduta de um presidente da República, só resta seguir o velho provérbio: à mulher de Cesar não basta ser honesta, tem de parecer honesta.
Opinião