O Conselho Regional de Medicina (Cremers) questiona o novo modelo de atendimento às vítimas de acidentes nas estradas controladas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). A preocupação é em relação às ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, segundo a entidade, não vão conseguir dar conta de atender todos os casos. A estrutura do Samu também precisam atende pacientes nas cidades.
Para o conselho, isso pode comprometer a agilidade, que é indispensável no atendimento às vítimas. O presidente da entidade, Fernando Matos, lembra que o tempo recomendado para o socorro é de até 10 minutos após o acidente.
Os médicos também cobram que as ambulâncias sejam equipadas com UTI móvel e tenham equipe com motorista, médico e enfermeiro. O Conselhor Regional de Medicina vai levar as observações ao Ministério Público e pedir que a instituição cobre providências do governo do Estado.
A EGR preferiu não se manifestar sobre o assunto, repassando essa responsabilidade para a Secretaria Estadual da Saúde. A secretária Sandra Fagundes garantiu que o usuário não terá problemas no atendimento. A EGR assumiu nesta semana cinco praças de pedágio no Estado - na região da Serra, em Viamão e em Santo Antônio da Patrulha.
Mudança com o fim dos contratos de pedágio
Com o fim dos contratos com concessionárias privadas de pedágio, as ambulâncias usadas para atender acidentes não estão mais disponíveis. A EGR, que agora é responsável pelos trechos das estradas estaduais, informou que a estrutura do Samu será usada para atender as ocorrências.