A Amazon obteve resultados melhores do que o esperado no primeiro trimestre de 2025, impulsionada pelo dinamismo da computação em nuvem e da inteligência artificial (IA).
O lucro líquido disparou 64% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 17,1 bilhões, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira.
Por ação, o lucro foi de US$ 1,59 - acima dos US$ 1,37 previstos pelos analistas, valor considerado o principal indicador em Wall Street.
O crescimento do grupo de Seattle foi puxado pela área de computação em nuvem (+17%). Embora esse ritmo tenha sido inferior ao dos três trimestres anteriores (+19% em cada um), iguala o registrado no mesmo período do ano passado.
A subsidiária Amazon Web Services (AWS), que se tornou a maior empresa de computação em nuvem do mundo, representa agora quase 19% da receita da companhia - um negócio que, por muito tempo, focava exclusivamente no comércio eletrônico.
No total, a receita da Amazon atingiu US$ 155,7 bilhões, um aumento de 8,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
As atividades tradicionais da Amazon vêm apresentando desaceleração, especialmente fora dos Estados Unidos (+5% em comparação aos +9% registrados ao longo de 2024).
Para o segundo trimestre, o gigante do comércio eletrônico prevê vendas entre US$ 159 bilhões e US$ 164 bilhões, levemente acima das estimativas de Wall Street.
No entanto, a empresa projeta um lucro operacional entre US$ 13 bilhões e US$ 17,5 bilhões - abaixo dos US$ 17,6 bilhões esperados pelos analistas.
A bolsa de Nova York reagiu mal a essas previsões, e nas negociações eletrônicas após o fechamento do mercado, as ações da Amazon caíram quase 5%.
"Estamos satisfeitos com o início de 2025, especialmente com nosso ritmo de inovação e progresso para continuar melhorando a experiência do cliente", declarou o CEO Andy Jassy. Ele destacou as novas ofertas de IA, incluindo o assistente virtual de última geração Alexa+.
A Amazon anunciou durante o trimestre o lançamento de várias iniciativas em inteligência artificial, incluindo os modelos generativos Amazon Nova, além de expandir sua rede de satélites Projeto Kuiper, para competir com a Starlink de Elon Musk.
* AFP