
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que as tarifas sobre a China podem ser reduzidas. De acordo com o republicano, as taxas, que chegam a 245%, segundo a Casa Branca, são "muito altas". Ele também disse que não tem intenção de demitir o presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano.
— Vai cair bastante. Mas não vai ser zero. Costumava ser zero — disse em coletiva de imprensa na Casa Branca, nesta terça-feira (22).
No último dia 16, a China pediu para que os EUA "parem de ameaçar e chantagear" sobre as negociações para desacelerar a guerra comercial. Pequim já havia informado que "lutaria até o fim" contra as tarifas aplicadas por Trump.
O país asiático havia sido o único fora da pausa na aplicação das tarifas recíprocas anunciada por Trump no dia 9.
No dia 15, um documento publicado no site oficial da Casa Branca indicou que as tarifas impostas à China chegam à 245%. Pequim respondeu com taxas de 125%.
Trump nega que vá demitir presidente do Fed
Aos jornalistas, Trump também comentou a relação com o presidente do Fed Jerome Powell. Ele afirmou ainda que não planeja demiti-lo.
— Gostaria de vê-lo ser um pouco mais ativo em termos de sua ideia de reduzir as taxas de juros, mas não, não tenho intenção de demiti-lo — disse.
Trump levantou reservadamente a possibilidade de demitir Powell para assessores nos últimos meses. Na semana passada, ele expressou confiança de que tinha autoridade para destituir o presidente
— Se eu quiser que ele saia, ele sairá de lá muito rápido, acredite em mim — disse Trump. E ele renovou suas críticas a Powell na segunda-feira (21).
As postagens de Trump nas redes sociais sobre Powell desencadearam volatilidade no mercado ao longo desta terça-feira (22).