A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, liderou nesta terça-feira (22) a primeira reunião de um grupo de trabalho sobre o "viés anticristão", no momento em que o governo incentiva os funcionários federais a denunciarem comportamentos discriminatórios contra os cristãos.
Embora os Estados Unidos possuam a maior população cristã do mundo, o presidente Donald Trump, que conta com grande apoio entre os evangélicos, firmou uma ordem executiva para abordar a "perseguição" que, segundo ele, sofrem os cristãos.
Há bastante tempo Trump se promove como um defensor dos cristãos de direita.
Em seu gabinete, há vários nomes vinculados a nacionalistas de fortes crenças cristãs, entre eles o vice-presidente J.D. Vance e o secretário de Defesa Pete Hegseth.
Em diversos comunicados enviados aos funcionários públicos federais, o governo pede que denunciem os responsáveis por comportamentos, bem como preconceito, contra os cristãos.
O secretário de Assuntos dos Veteranos, Doug Collins, pediu à sua equipe que informasse os superiores sobre qualquer "política informal, procedimento ou entendimento não oficial hostil às opiniões cristãs".
Os cristãos representam quase um terço da população dos Estados Unidos e têm mais influência política que qualquer outro grupo religioso.
Segundo o FBI, não há evidências de que exista violência estrutural contra os cristãos.
"Não há evidências de um viés anticristão generalizado nos Estados Unidos e perpetuar esse mito é profundamente ofensivo, sobretudo para os cristãos que realmente sofrem perseguição em outros países do mundo", disse o grupo de pressão liberal Aliança Inter-religiosa em comunicado, depois que Trump criou o grupo de trabalho.
* AFP