
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (7) que não considera suspender a aplicação de novas tarifas para permitir negociações. Na quarta-feira (2), ele anunciou um mínimo de 10% sobre produtos importados de 185 países, incluindo o Brasil.
— Não estamos considerando isso. Muitos países vêm negociar acordos conosco, e serão justos — declarou Trump aos jornalistas na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O republicano reiterou sua ameaça de impor cobranças adicionais de 50% sobre os produtos chineses se Pequim insistir em tomar medidas de retaliação. Na sexta-feira (4), o ministro das Finanças da China, Lan Foan, anunciou a aplicação de 34% sobre produtos dos EUA.
Veículo sugere pausa, depois desmente
Nesta segunda, uma reportagem do veículo norte-americano CNBC, havia informado que Trump considerava pausar as tarifas por 90 dias. Depois, no entanto, disse que exibiu informações não confirmadas. A informação foi retransmitida por vários outros veículos.
— Enquanto estávamos acompanhando as notícias dos movimentos do mercado em tempo real, exibimos informações não confirmadas em um banner. Nossos repórteres rapidamente fizeram uma correção no ar — disse uma porta-voz da emissora.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse logo após as manchetes iniciais aparecerem que as reportagens de uma pausa eram "notícias falsas".
Tarifas a 185 países
Na quarta-feira (2), Trump anunciou a aplicação de tarifas de 10% a 50% para 185 países, incluindo o Brasil, China e União Europeia.
Diversos líderes consideram retaliar a ação, enquanto a Casa Branca afirma que poderá aumentar as taxas caso isso se concretize.
O Congresso brasileiro aprovou uma lei, no mesmo dia do anúncio, que permite resposta do Brasil a aplicação de tarifas por outros países a produtos nacionais.