
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmaram nesta segunda-feira (7) que estão em andamento novas negociações para libertar mais reféns israelenses em Gaza.
Ambos os líderes se reuniram na Casa Branca para discutir a guerra tarifária iniciada pelo republicano e a situação em Gaza, onde Israel retomou a ofensiva em 18 de março após uma trégua de dois meses com o Hamas.
— Estamos trabalhando agora em outro acordo que esperamos que tenha sucesso, e estamos comprometidos em tirar todos os reféns — disse Netanyahu aos jornalistas no Salão Oval.
Trump acrescentou:
— Estamos tentando de todas as formas tirar os reféns. Estamos considerando outro cessar-fogo, vamos ver o que acontece.
O líder israelense destacou um acordo anterior negociado em parte pelo enviado regional de Trump, Steve Witkoff, que “retirou 25” dos cativos.
Após colapso da trégua
A visita de Netanyahu ocorreu após o colapso da trégua entre Israel e o grupo extremista Hamas.
Trump havia deixado a comunidade internacional estupefata durante uma primeira reunião presencial com Netanyahu, no início de fevereiro, ao sugerir que os Estados Unidos tomassem o controle da Faixa de Gaza para desenvolver ali uma “Riviera do Oriente Médio”.
Nesta segunda-feira, ele voltou a falar sobre o tema e enfatizou que acredita que a Faixa de Gaza “é uma propriedade imobiliária incrível e importante”.
Países de todo o mundo, especialmente nações árabes, rejeitaram a proposta — incluindo Egito e Jordânia, para onde Trump sugeriu que os habitantes de Gaza fossem enviados.
— Ter uma força de paz como os Estados Unidos lá, controlando e sendo dono da Faixa de Gaza, seria algo bom, porque agora... tudo que ouço é sobre mortes, Hamas e problemas. Se você pega as pessoas, os palestinos, e as transfere para diferentes países (...), você realmente tem liberdade, uma zona de liberdade — declarou Trump.
Netanyahu é também o primeiro líder estrangeiro recebido por Trump desde o anúncio de novas tarifas que provocaram uma onda de choque nos mercados globais.
— Vamos eliminar o déficit comercial com os Estados Unidos (...). Acreditamos que isso é o certo a fazer — comprometeu-se o líder israelense na Casa Branca.
Trump anunciou uma tarifa universal de 10% para todas as importações, além de taxas adicionais para diversos parceiros comerciais. Nesta segunda-feira, ele afirmou que não considera suspendê-las para permitir negociações.