A embaixada da China no Panamá pediu nesta terça-feira (8) aos Estados Unidos que parem com sua política de "chantagem" e "desapropriação" contra o país centro-americano, ao rejeitar a afirmação do chefe do Pentágono, Pete Hegseth, de que Pequim interfere na operação do canal interoceânico.
"A China nunca participou da gestão nem da operação do canal do Panamá, nem interferiu nos assuntos" da via, afirmou em comunicado a missão diplomática, que exortou Washington a abandonar a "chantagem" e "a desapropriação contra o Panamá".
A embaixada qualificou como "irresponsáveis e infundados" os comentários de Hegseth, que nesta terça-feira, no Panamá, declarou que o governo de Donald Trump "não permitirá" que a China "coloque em risco" a operação do canal.
O secretário de Defesa é o segundo alto funcionário americano a visitar o Panamá desde que Trump chegou à Casa Branca em janeiro e prometeu "recuperar" o canal construído pelos Estados Unidos, sob o argumento de que está sob influência da China.
Os Estados Unidos "orquestraram uma campanha sensacionalista da 'teoria da ameaça chinesa', numa tentativa de sabotar a cooperação" entre Pequim e Panamá, destacou a nota.
"A China sempre respeitou a soberania do Panamá sobre o canal", que reconhece como uma "via aquática de trânsito internacional e permanentemente neutra", acrescentou.
* AFP