A bolsa de Nova York fechou em leve alta, nesta terça-feira (25), encerrando uma sessão tranquila em um momento em que os investidores tomam fôlego antes da entrada em vigor das tarifas alfandegárias "recíprocas" anunciadas pelo presidente Donald Trump.
O principal índice da bolsa americana, o industrial Dow Jones, acabou quase equilibrado com alta marginal de 0,01%, a 42.587,50 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 0,46%, a 18.271,86 pontos, e o índice ampliado S&P 500 - principal referência dos investidores - avançou 0,16%, a 5.776,65 pontos.
"A ausência de más notícias é uma boa notícia para as ações", explicou Adam Sarhan, analista da 50 Park Investments.
Ele acrescentou que nas últimas semanas houve "tantas más notícias" que a trégua desta terça-feira permitiu aos investidores respirarem.
Por enquanto, os mercados esperam mais pistas sobre a próxima implementação das novas tarifas alfandegárias por parte do governo de Trump, pois o presidente prometeu "tarifas recíprocas", adaptadas caso a caso a cada parceiro comercial, em 2 de abril.
Embora Trump tenha informado anteriormente que os impostos específicos para setores como o automotivo e o de semicondutores poderiam entrar em vigor no mesmo dia, a Casa Branca declarou, na segunda-feira, que a situação ainda não está definida.
Os lucros do mercado desta terça-feira ocorreram apesar da queda de confiança dos consumidores americanos pelo quarto mês consecutivo em março, segundo o índice do instituto Conference Board. Os entrevistados manifestaram uma preocupação crescente com o impacto econômico dos planos comerciais de Trump.
Por outro lado, a venda de imóveis residenciais novos nos Estados Unidos subiu levemente menos do que o esperado no mês passado, enquanto analistas advertem que as novas tarifas alfandegárias poderiam aumentar os custos para as construtoras.
De olho no futuro, os investidores vão acompanhar com atenção as atualizações dos dados do PIB dos Estados Unidos, que serão divulgados na quinta-feira, enquanto na sexta será divulgado um indicador-chave da inflação.
* AFP