Ruanda anunciou, nesta segunda-feira (17), a ruptura das relações diplomáticas com a Bélgica, um gesto que Bruxelas considerou "desproporcional", em um dia no qual a UE adotou sanções contra vários chefes militares ruandeses.
Em um comunicado, o ministério ruandês das Relações Exteriores indicou ter "notificado durante o dia o governo da Bélgica sobre a decisão de romper as relações diplomáticas, com efeito imediato".
Em resposta, o chefe da diplomacia belga, Maxime Prévot, disse no X que "essa decisão é desproporcional e mostra que quando não estamos de acordo, Ruanda prefere não dialogar".
A Bélgica, acrescentou, tomará medidas similares às adotadas por Ruanda.
Nesta segunda-feira, pressionada pela Bélgica, a UE adotou sanções contra vários altos funcionários militares de Ruanda pelo apoio à ofensiva do grupo rebelde M23 na vizinha República Democrática do Congo (RDC).
Entre os sancionados estão incluídos o general Eugene Nkubito, comandante da III Divisão das Forças de Defesa de Ruanda; o brigadeiro Pascal Muhzi; o chefe da II Divisão; e o general Ruki Karuisi, comandante das Forças Especiais.
De acordo com a UE, a presença militar de Ruanda proporcionou "tropas e material" aos combatentes do grupo M23 no território da RDC.
Também foi incluído nas listas de sancionados o presidente do Diretório de Minas, Petróleo e Gás de Ruanda, Francis Kamanzi.
Essas sanções vetam a concessão de vistos a essas pessoas e o congelamento dos eventuais ativos que possuam na UE.
* AFP