Milhares de simpatizantes do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, marcham nesta terça-feira (18) na Colômbia para exigir a aprovação de suas reformas por parte do Congresso, onde o Executivo não possui maioria para aprová-las.
Nas principais cidades como Bogotá, Medellin e Cali, os manifestantes caminham com bandeiras e cartazes a favor das reformas trabalhistas e da saúde, pontas de lança do primeiro governo de esquerda da Colômbia.
Na quarta-feira, congressistas opositores de uma comissão especializada assinaram uma proposição para arquivar o projeto de lei que pretende reformar as condições dos trabalhadores, deixando essa iniciativa à beira de colapsar.
Petro denuncia um "bloqueio institucional" e decretou um dia cívico para permitir que os servidores públicos participassem do dia de protestos.
Enquanto as manifestações de sindicatos, indígenas e estudantes avançam, os parlamentares discutem no interior do Congresso.
"Estamos prontos para desmontar uma por uma as falácias que foram criadas contra uma reforma tão necessária", disse à imprensa o ministro do Trabalho, Antonio Sanguino, presente na marcha.
Após o golpe dos congressistas contra a reforma trabalhista, Petro anunciou que ia convocar uma consulta popular para que a cidadania decida seu futuro.
"Nós acreditamos que é o povo que tem que decidir", disse o mandatário.
Antes, o Legislativo vinha embarreirando a reforma da saúde, com a qual o governo quer diminuir a participação dos entes privados no sistema
Espera-se que Petro se una à marcha na Plaza de Bolívar, no coração da capital de 8 milhões de habitantes.
* AFP