A Coreia do Norte anunciou, nesta sexta-feira (21), ter testado um novo sistema de mísseis antiaéreos sob a supervisão do líder Kim Jong Un, que recebeu em Pyongyang o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Serguei Shoigu.
A visita de Shoigu havia sido anunciada pelas agências de notícias russas TASS e RIA Novosti.
A visita acontece quando os dois países reforçam sua cooperação militar após as acusações de que Pyongyang enviou tropas à Rússia para ajudar nos combates na Ucrânia.
Shoigu, um ex-ministro da Defesa, iniciou sua visita colocando uma oferenda de flores em frente a um monumento em memória dos soldados que libertaram o norte da península coreana da ocupação japonesa ao final da Segunda Guerra Mundial.
Depois foi recebido pelo dirigente norte-coreano, Kim Jong Un, a quem transmitiu "o cumprimento e os melhores desejos do presidente russo, Vladimir Putin", informou a agência Ria Novosti.
Putin "está prestando a máxima atenção à aplicação dos acordos assinados com você", disse Serguei Shoigu a Kim Jong Un, segundo as agências russas.
Em janeiro de 2024, os dois países assinaram um acordo de defesa mútua durante uma visita do presidente russo à Coreia do Norte.
Pyongyang foi acusada pela Coreia do Sul e por países ocidentais de enviar tropas à frente ucraniana para combater ao lado das forças russas, mas essas acusações não foram confirmadas por nenhum dos dois países.
A agência oficial norte-coreana KCNA anunciou nesta sexta que Kim presenciou, em uma data não determinada, o teste de um novo sistema de mísseis anti-aéreos.
A agência divulgou fotos de projéteis lançados da pista de um aeroporto e de explosões no mar.
"Esse teste demonstrou que o Exército norte-coreano agora está equipado com outro importante sistema de armas de defesa com um rendimento de combate digno de elogio", declarou Kim Jong Un, citado pela KCNA.
O teste foi anunciado no dia seguinte ao fim dos exercícios militares "Freedom Shield" desenvolvidos conjuntamente pela Coreia do Sul e Estados Unidos, qualificados pela Coreia do Norte de "um ensaio para uma guerra de agressão".
* AFP