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O julgamento criminal do presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, por tentativa de aplicação da lei marcial teve início nesta quinta-feira (20), em um tribunal de Seul.
Yoon, 64 anos, que compareceu ao tribunal, está preso desde janeiro e enfrenta acusações de insurreição, que podem levá-lo à prisão perpétua ou pena de morte.
O Tribunal Constitucional sul-coreano, por sua vez, analisa se ratifica a destituição de Yoon como presidente, após ele ser afastado do cargo pelo parlamento do país.
Julgamento inédito
Esta é a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente enfrenta um julgamento criminal estando formalmente no cargo. Seus defensores insistem em que a investigação não tem legitimidade e rejeitam a legalidade da acusação, uma vez que, como chefe de Estado, ele tinha o poder de decretar a lei marcial.
Ex-promotor, Yoon mergulhou o país em uma crise política em 3 de dezembro, ao suspender o governo civil e enviar militares ao Parlamento. A medida durou apenas seis horas, já que os deputados, a maioria da oposição, ignoraram os soldados e entraram no parlamento para rejeitar a lei marcial e, em seguida, remover Yoon.
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Após o afastamento de Yoon, a presidência do país foi ocupada interinamente pelo primeiro-ministro, Han Duck-soo, destituído em 27 de dezembro, sob a acusação de ter "participado ativamente da insurreição".
A chefia de Estado se encontra atualmente nas mãos do Ministro das Finanças, Choi Sang-mok.