Mary Anne MacLeod, mãe do presidente Donald Trump, desembarcou em Nova York em 11 de maio de 1930 com apenas US$ 50. Ela tinha 18 anos e chegou com visto permanente.
Documentos alfandegários da época mostram a intenção da escocesa de permanecer no país desde o início. Isso contraria a versão de Donald Trump, que afirmou que a mãe entrou nos Estados Unidos inicialmente com visto de turista.
Como a mãe de Donald Trump chegou nos Estados Unidos
MacLeod integra o grupo de 51 milhões de pessoas que entraram nos Estados Unidos via Ellis Island e porto de Nova York. Os registros de imigração entre 1892 e 1957 foram preservados e digitalizados pela Fundação Estátua da Liberdade – Ellis Island.
Os registros de 1930 mostram que a mãe de Trump viajou por nove dias do porto de Glasgow aos Estados Unidos no navio Transilvania com visto de imigrante permanente, segundo a BBC Brasil. O visto #26698, emitido em 17 de fevereiro de 1930, indica intenção de fixar residência no país.
O atual presidente dos EUA, quarto dos cinco filhos de Mary Anne, se opõe à imigração. Donald Trump afirma que a mãe chegou primeiro como turista, retornou à Escócia e depois voltou aos Estados Unidos para residência permanente.
Em junho de 1934, MacLeod voltou à Escócia. Por já ter visto permanente da primeira entrada nos EUA, o retorno ao país em setembro do mesmo ano no navio Cameronia foi mais simples.
A ficha de controle dos passageiros registrava raça, cor do cabelo, dos olhos e outras características pessoais. Era obrigatório portar US$ 50, quantia exata que MacLeod apresentou nas duas entradas no país.
Quem foi Mary Anne MacLeod
MacLeod nasceu em Tong, vilarejo na Ilha de Lewis, no norte da Escócia. Ela seguiu os passos das irmãs Christina, Mary Joan e Catherine e trabalhou como doméstica em Nova York. Documentos mostram que Catherine, residente em Astoria, no Queens, foi registrada como responsável por receber a nova imigrante.
Em 1936, seis anos após chegar aos Estados Unidos, Mary Anne se casou com o empreendedor imobiliário Frederick Trump, filho de imigrantes alemães. Os dois tiveram cinco filhos, incluindo Donald Trump.
Ela morreu aos 88 anos, em 2000. O The New York Times a descreveu como filantropa em seu obituário, destacando suas contribuições ao Exército da Salvação, Boy Scouts of America e doações de edifícios para National Kidney Foundation Nova York/Nova Jersey.