O CEO do TikTok, Shou Chew, participará da cerimônia de posse do presidente eleito, Donald Trump, em 20 de janeiro, informou a imprensa americana nesta quinta-feira (16), em um momento em que o aplicativo enfrenta uma possível proibição nos Estados Unidos.
De acordo com o The New York Times, Chew é um dos convidados de honra e se sentará ao lado de pessoas próximas a Trump e de autoridades do alto escalão. Outros líderes do setor de tecnologia também estarão presentes, como Elon Musk (Tesla, X e SpaceX), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon).
O magnata republicano prometeu salvar o Tiktok durante a campanha eleitoral e vem discutindo maneiras de impedir o veto ou resgatar o aplicativo, de acordo com o The Washington Post.
Contatada pela AFP, a plataforma de vídeos curtos não respondeu imediatamente.
O Congresso dos EUA aprovou no ano passado uma lei que obriga a empresa matriz do TikTok, o ByteDance Group da China, a vender a plataforma ou fechá-la até o próximo domingo.
Se a legislação entrar em vigor, os provedores de Internet e as lojas de aplicativos serão obrigados a impedir que o TikTok seja baixado após esse prazo, um dia antes da posse de Trump.
Os congressistas justificaram sua aprovação com o receio de que os dados e o conteúdo dos usuários dos EUA possam ser explorados pelas autoridades chinesas, acusadas de usar a plataforma como ferramenta de espionagem.
O TikTok e a ByteDance sempre negaram ter dado ao governo chinês acesso aos dados de suas redes sociais e recorreram à Suprema Corte em dezembro para anular a lei. A decisão da Suprema Corte poderá ser conhecida a qualquer momento.
O advogado da plataforma, Noel Francisco, disse que o aplicativo "fechará" no domingo se o tribunal não bloquear a proibição, enquanto relatos da imprensa afirmam que a empresa está planejando uma suspensão total do serviço nos Estados Unidos.
Assim que Trump assumir o cargo, a aplicação da lei caberá ao seu procurador-geral, que poderá optar por não aplicá-la ou por protelar sua ação, desafiando o apoio esmagador do Congresso à iniciativa.
* AFP