A empresa britânica de hidrocarbonetos BP anunciou, nesta quinta-feira (16), seus planos para cortar 4.700 empregos internos e 3.000 postos subcontratados, em uma tentativa de reduzir custos.
Este corte em sua folha de pagamento faz parte de "um programa plurianual de simplificação e reorientação da BP", com o objetivo de melhorar sua competitividade "reduzindo custos", explica a companhia em comunicado.
As 4.700 demissões internas "representam uma grande parte da redução prevista para este ano", explicou, o que sugere que haverá novos anúncios em 2025.
"Entendo e reconheço a incerteza que isto causa para todos aqueles cujos trabalhos podem estar em risco, bem como o impacto que isto pode ter nos colegas e nas equipes", escreveu o diretor-executivo do grupo, Murray Auchinclos, em uma carta aos funcionários.
A empresa, que emprega 87.800 pessoas em 61 países, anunciou resultados de 2024 muito abaixo do esperado.
O grupo informou em outubro uma queda no lucro do terceiro trimestre de até US$ 206 milhões (R$ 1,2 bilhão na cotação atual), em comparação aos US$ 4,9 bilhões (R$ 24,4 bilhões no valor da época) no mesmo período do ano anterior, atingido por margens de refino mais baixas, vendas fracas e amortizações de ativos, em meio à queda dos preços.
A BP também alertou que espera que a produção de petróleo no último trimestre de 2024 seja menor, em comparação ao trimestre anterior, advertindo sobre margens "mais baixas" em seu negócio de refino.
Os investidores vêm especulando há meses que a empresa poderia voltar atrás em algumas de suas ambiciosas metas climáticas, incluindo a promessa de reduzir a produção de petróleo em 25% até 2030 em relação aos níveis de 2019.
* AFP