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O Congresso dos Estados Unidos aprovou na terça-feira (23) um pacote de ajuda militar e econômica de US$ 61 bilhões para a Ucrânia, após meses de negociações.
Pacote que inclui a ajuda de US$ 95 bilhões no total, em verbas para Israel, Taiwan e um ultimato ao TikTok, obteve amplo apoio no Senado americano, após ser aprovado, dias atrás, na Câmara dos Representantes.
Controlado pelos democratas, o Senado aprovou o conjunto de medidas mais amplo com apoio bipartidário, por 79 votos a 18. O texto inclui uma assistência humanitária para a Faixa de Gaza, o Sudão e o Haiti.
— Finalmente, depois de mais de seis meses de trabalho árduo e muitas reviravoltas, os Estados Unidos enviam uma mensagem ao mundo: não lhes daremos as costas — disse o líder democrata Chuck Schumer, antes da votação.
O líder republicano Mitch McConnell saudou a votação como "um dia extremamente importante na história do nosso país e do mundo livre".
O pacote passa agora às mãos do presidente americano, Joe Biden, que disse esperar que o país comece a enviar armas e equipamentos para a Ucrânia ainda nesta semana.
— Assinarei esse projeto de lei e me dirigirei ao povo americano assim que ele chegar ao meu gabinete, amanhã, para que possamos começar a enviar armas e equipamentos nesta semana — declarou Biden, para quem a aprovação do Congresso mostra que os Estados Unidos "apoiam firmemente a democracia e a liberdade, contra a tirania e a opressão".
O exército ucraniano enfrenta uma escassez de soldados e de munições que o enfraquece diante da pressão constante das tropas russas no leste. A situação na frente de batalha pode piorar em meados de maio e início de junho, que será um "período difícil", alertou na segunda-feira (22) o chefe da inteligência militar ucraniana, Kirilo Budanov.
O plano de ajuda também autoriza Biden a confiscar e vender ativos russos para que possam ser utilizados para financiar a reconstrução da Ucrânia, uma ideia que ganha apoio em outros países do G7.
O Congresso dos Estados Unidos não aprovava um pacote de ajuda para Kiev há quase um ano e meio.
"Agradeço ao líder da maioria democrata, Chuck Schumer, e ao líder republicano, Mitch McConnell, por sua liderança firme na aprovação dessa legislação bipartidária, bem como a todos os senadores de ambos os partidos que votaram a favor", publicou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em redes sociais. "Também aprecio o apoio do presidente Biden e espero a pronta ratificação da lei", acrescentou.