O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, surpreendeu o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao cantar a música American Pie, de Don McLean, no fim da visita dele à Casa Branca, um momento aplaudido pelos participantes de um jantar de Estado.
Yoon, em uma visita de seis dias a Washington, conversou na quarta-feira (26) com Biden sobre o "fim" de qualquer regime norte-coreano que utilize armas nucleares contra seus aliados.
Mas os dois chefes de Estado também abordaram questões mais amenas durante o jantar na Casa Branca, quando o presidente sul-coreano aproveitou para expressar seu amor pela música popular americana.
Um grupo musical interpretou American Pie ao final do jantar. Biden aproveitou o momento e afirmou a Yoon:
— Nós sabemos que esta é uma de suas canções favoritas.
— Sim, é verdade — declarou Yoon, 62 anos.
Ele destacou que adora a música de Don McLean, lançada em 1971, desde que estava na escola.
— Queremos ouvir você cantar — disse Biden.
— Já faz um tempo, mas... — Yoon respondeu, com uma resistência apenas simbólica enquanto pegava o microfone.
O presidente sul-coreano cantou as primeiras estrofes da música à capela, o que provocou muitos aplausos, inclusive de Biden e da primeira-dama Jill Biden.
— Eu não tinha ideia de que você sabia cantar — afirmou Biden, surpreso, ao convidado.
O presidente americano disse que McLean não conseguiu viajar para o jantar na Casa Branca, mas enviou uma guitarra autografada, que Biden entregou ao líder sul-coreano como presente.
Esta não foi a primeira vez que Yoon cantou em público. Na campanha eleitoral de 2021, ele participou em um famoso programa de TV sul-coreano e apresentou uma versão da balada K-pop No one else, de Lee Seung-chul.
EUA e Coreia do Sul alertam Pyongyang
Joe Biden e Yoon Suk Yeol afirmaram na quarta-feira (26) que um ataque da Coreia do Norte representaria "o fim" do regime, uma vez que a ação terá uma resposta, inclusive com armas atômicas.
Durante uma coletiva de imprensa posterior a uma reunião na Casa Branca, os dois líderes multiplicaram as advertências contra os norte-coreanos, e enfatizaram seus meios de dissuasão e sua "aliança inabalável", forjada "em tempos de guerra e que prosperou em tempos de paz", segundo Biden.
— Um ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou seus aliados ou parceiros é inaceitável e levará ao fim de qualquer regime que tomar tal ação — advertiu o presidente americano.
— Podemos alcançar a paz mediante a superioridade de uma força esmagadora e não uma paz falsa, baseada na boa vontade da outra parte — acrescentou Yoon.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul adotaram, na quarta-feira, uma "Declaração de Washington", reforçando consideravelmente a cooperação na área da defesa, inclusive a nuclear, através de "consultas" mais estreitas.
— Nossos dois países acordaram consultas presidenciais bilaterais imediatas em caso de um ataque nuclear da Coreia do Norte, e prometem responder de forma rápida, esmagadora e decisiva, usando toda a força da aliança, inclusive armas nucleares dos Estados Unidos — enfatizou Yoon.
Os Estados Unidos, que recentemente reforçaram suas relações de defesa com a Austrália, o Japão e as Filipinas, fortalecerão o guarda-chuvas de segurança para tranquilizar seu aliado sul-coreano, já que a Coreia do Norte efetuou um número recorde de disparos de mísseis balísticos este ano.