O chefe do exército sudanês e líder de fato do país, Abdel Fatah al Burhan, disse nesta quinta-feira (20) que "não há espaço" para negociações com o seu rival Mohamed Hamdan Daglo, à frente dos paramilitares, na guerra aberta que estourou entre os dois lados desde sábado.
"Não acho que haja espaço para negociações políticas com as Forças de Apoio Rápido", lideradas por Daglo, disse Burhan à Al Jazeera. Burhan garantiu, porém, que está aberto a mediações, mas não a negociações diretas" com os paramilitares.
O Sudão sofre um surto de violência sem precedentes desde sábado, quando eclodiram combates entre as forças dos dois generais, que tomaram o poder em um golpe de Estado em 2021.
Até agora, os confrontos deixaram mais de 330 mortos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Entre 10.000 e 20.000 pessoas fugiram dos combates para o vizinho Chade, segundo equipes da Agência de Refugiados da ONU presentes na fronteira.
"A maioria das pessoas que chegam são mulheres e crianças", disse a organização em um comunicado nesta quinta-feira.
* AFP