O Canadá tomou medidas nesta sexta-feira (2) contra uma empresa do Irã acusada de fornecer drones para a Rússia, parte de uma nova rodada de sanções em resposta ao "comportamento atroz do regime iraniano, tanto no país como no exterior".
Em 16 de novembro, o Canadá já havia sancionado duas empresas de armas iranianas - Shahed Aviation Industries e Qods Aviation Industries - acusadas de enviar drones e pessoal para a Rússia para atacar a Ucrânia.
Agora, Ottawa incluiu quatro pessoas e cinco entidades da nação asiática "por seus papéis nas violações graves e sistemáticas dos direitos humanos e ações do regime que continuam ameaçando a paz e a segurança internacionais", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do país norte-americano.
Entre elas está a companhia aérea comercial e de carga Safiran Airport Services, "que coordenou voos militares russos entre o Irã e a Rússia" e é acusada de ajudar a entregar drones iranianos a Moscou para que sejam utilizados na Ucrânia.
Também sancionou a companhia Baharestan Kish, especializada no desenvolvimento e na fabricação de drones militares no Irã e que firmou acordos com o Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), a força militar ideológica do poder iraniano.
Em setembro, os Estados Unidos já haviam tomado medidas contra essas duas empresas.
O grupo de mídia ultraconservador iraniano Javan News Agency, "que veicula mensagens antissemitas e propaganda do regime iraniano", também figura na lista.
Entre os funcionários sancionados estão Morteza Talaei, segundo general de brigada do IRGC; Hassan Karami, comandante das forças de segurança, e Ali Ghanaatkar Mavardiani, magistrado superior e procurador.
Desde meados de outubro, o governo canadense sancionou 99 pessoas e 18 corporações iranianas.
* AFP