Depois da Torre Eiffel chegou a vez do Museu do Louvre e do Palácio de Versalhes: os dois locais apagarão as luzes mais cedo, uma medida "simbólica" para conscientizar a população sobre a crise de energia na França, anunciou a ministra da Cultura, Rima Abdul Malak.
— A partir da noite de sábado, a pirâmide do Louvre será apagada às 23h ao invés de 1h da manhã — afirmou a ministra ao canal France 2, após as medidas similares adotadas pela prefeitura de Paris, que decidiu esta semana desligar mais cedo a iluminação da Torre Eiffel e da sede da prefeitura.
— Vamos apagar a iluminação da fachada do Palácio de Versalhes às 22h, em vez das 23h da próxima semana — acrescentou.
— Os símbolos são importantes para conscientizar a população — declarou a ministra, embora tenha admitido que as "medidas simbólicas" não são suficientes.
Rima Abdul Malak pediu ações concretas de transição ecológica em museus, cinemas, teatros e no "conjunto dos locais culturais da França".
A prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, anunciou esta semana que a Prefeitura de Paris, a Torre Eiffel, a Torre de Santiago, os museus municipais e as prefeituras distritais não serão mais iluminadas à noite a partir de 23 de setembro para enfrentar a crise energética.
Hidalgo afirmou ainda que a temperatura da calefação nos prédios municipais será reduzida de 19 para 18 ºC durante o dia e para 12 ºC durante a noite e nos fins de semana, quando os imóveis estiverem vazios.
— O objetivo do plano de emergência é conseguir a queda de 10% do consumo da cidade, o equivalente ao consumo de energia em 226 escolas — afirmou a prefeita.
Os preços da energia, em particular do gás, registraram forte alta nos últimos meses devido à guerra na Ucrânia.