
O governo peruano informou que o país manterá o fechamento de suas fronteiras terrestres, em vigor desde março de 2020, devido à terceira onda da pandemia da covid-19, marcada pelo elevado número de infecções e o avanço da variante Ômicron.
De acordo com Hernando Cevallos, ministro da saúde, a decisão de fechar as fronteiras está em permanente avaliação.
— Estamos com avaliação permanente do impacto epidemiológico disso para tomar uma decisão. É preciso cuidar das pessoas, embora a reativação econômica também seja importante nas áreas de fronteira — disse o ministro à imprensa
O fechamento das fronteiras terrestres está em vigor desde 16 de março de 2020, situação que vem gerando milhares de perdas econômicas em setores como o turismo e o comércio. Entre as regiões afetadas estão Tacna, na fronteira com o Chile, e Puno, na divisa com a Bolívia.
Cevallos considerou que janeiro e fevereiro serão meses-chave para medir a projeção da pandemia e o alcance da terceira onda.
O Peru busca conter a nova onda da pandemia com capacidade reduzida em estabelecimentos comerciais e vacinação para evitar infecções massivas. O governo reduziu para 40% a capacidade em shoppings, restaurantes e espaços fechados em 24 províncias do país, incluindo Lima, classificada como de alto índice de pandemia. Outra medida adotada no país foi a prorrogação do toque de recolher entre 23h e 4h, horário local, que está em vigor desde sexta-feira (7).
O país andino registrou na sexta-feira mais de 12,8 mil novos casos de covid-19 confirmados em um dia, o maior número em nove meses. Em dezembro, alcançaram 1,5 mil diagnósticos diários. No total, são 332 pessoas infectadas com a variante ômicron no Peru. Em razão dessa situação, o governo prorrogou até 31 de janeiro o estado de emergência vigente há 21 meses.
Este país de 33 milhões de habitantes tem a maior taxa de mortalidade por covid-19 do mundo, com 6.122 mortes por milhão de habitantes, de acordo com um balanço da AFP, com base em números oficiais. Da mesma forma, o Peru acumula mais de dois milhões de casos de covid-19 e mais de 202.900 mortes desde o início da pandemia.