Dois hondurenhos acusados de narcotráfico foram extraditados nesta quinta-feira (21) aos Estados Unidos, elevando a cerca de 30 os traficantes de drogas entregues por Honduras à justiça americana desde 2014, informaram as autoridades.
Os hondurenhos Martín Adolfo Díaz Contreras e Miguel Carlos Cordón López foram levados em veículos militares por soldados e policiais hondurenhos, assim como membros da Agência de Controle de Drogas dos Estados Unidos (DEA), ao aeroporto de Tegucigalpa, de onde partiram, constataram jornalistas da AFP.
A Suprema Corte de Justiça de Honduras informou que, ao ser "pedido em extradição pelos Estados Unidos", Díaz foi detido em 10 de abril passado em Copán Ruinas (noroeste), e em "12 de maio de 2021 o juiz de primeira instância concedeu a extradição".
Cordón foi capturado em San Pedro Sula (norte) em 21 de julho, acusado na Corte do Distrito Leste do Texas de "conspirar para fabricar e distribuir" ao menos cinco quilos de cocaína, acrescentou.
Honduras foi apontada como um "narcoestado" em uma corte de Nova York, depois que narcotraficantes que se entregaram aos Estados Unidos depuseram contra o ex-deputado governista Antonio "Tony" Hernández, condenado à prisão perpétua e irmão do presidente Juan Orlando Hernández, que nega qualquer vínculo com o narcotráfico.
Cerca de meia centena de hondurenhos foram submetidos à justiça americana desde 2014, incluindo os cerca de 30 extraditados. Alguns foram capturados ou se entregaram, acusados de tráfico de entorpecentes.
* AFP