Membros de uma missão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), na Guiné, asseguraram nesta sexta-feira (10) que o presidente deposto, Alpha Condé, "se encontra bem" de saúde, durante uma visita após o golpe militar.
"Vimos o presidente, está bem", disse à imprensa o ministro burquinense das Relações Exteriores, Alpha Barry.
"Vimos o presidente aqui no quartel-general da junta", acrescentou o presidente da Comissão da Cedeao, Jean-Claude Kassi Brou, que confirmou o bom estado de saúde de Condé.
A missão da Cedeao chegou nesta sexta-feira (10) a Conacri, capital da Guiné, e é formada pelo presidente da Comissão e pelos ministros de Relações Exteriores de Burkina Faso, Nigéria, Togo e Gana, que ocupa atualmente a presidência rotativa da organização.
Antes de seu encontro com o presidente, a delegação se reuniu durante quase duas horas com um representante da junta militar.
Liderados pelo comandante Mamady Dumbuya, os golpistas capturaram Condé no domingo (5), dissolveram as instituições e anunciaram a libertação de "presos políticos".
O golpe foi recebido com aplausos nas ruas e manifestações de apoio em Conacri.
Contudo, a ação dos militares não foi bem recebida pela comunidade internacional, que aumentou a pressão sobre o país da África Ocidental.
Nesse sentido, a União Africana (UA) anunciou hoje (10) que estava suspendendo Guiné de todas as suas "atividades e órgãos de tomada de decisões", uma ação semelhante à tomada pelos dirigentes da Cedeao, que também decidiram suspender o país de seus órgãos.
Até o momento, não há informações oficiais sobre baixas relacionadas com o golpe, mas alguns meios do país relataram que entre dez e 20 membros da guarda presidencial morreram no levante. Entretanto, essas informações são muito difíceis de se verificar.
* AFP