O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou neste sábado (15), por telefone, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Segundo nota da Casa Branca, ele discutiu com cada líder as tensões atuais que ocorrem em Jerusalém e na Cisjordânia.
Biden e Abbas compartilharam o desejo comum de que "Jerusalém seja um lugar de coexistência pacífica para povos de todas as fés e origens", de acordo com o comunicado. Conforme a Casa Branca, Biden deu atualizações a Abbas sobre o envolvimento diplomático americano no conflito atual e "ressaltou a necessidade de o Hamas parar de lançar foguetes contra Israel" — o Hamas controla a Faixa de Gaza.
Ambos lamentaram as vítimas do confronto, entre elas civis e especificamente crianças, e Biden reafirmou seu "firme compromisso" com uma solução negociada de dois Estados como o melhor caminho para uma paz duradoura entre israelenses e palestinos, algo que também comunicou ao primeiro-ministro israelense.
Em conversa com Netanyahu, Biden expressou sua "grande preocupação" com a violência em Israel e Gaza, assim como com a segurança dos jornalistas. Na conversa, que ocorreu após seis dias de violência que deixou dezenas de mortos e feridos, Biden expressou seu "forte apoio" ao direito de Israel de se defender de ataques de foguetes lançados pelo "Hamas e outros grupos terroristas".
Por outro lado, Biden também levantou preocupações com a segurança dos jornalistas depois que aviões israelenses bombardearam um prédio em Gaza que abrigava os escritórios da Associated Press (AP), de acordo com um comunicado. Ele manifestou "sua grande preocupação com a violência entre as comunidades em Israel" e "saudou as declarações do primeiro-ministro e de outros líderes que se opõem a tais atos atrozes".
Biden lamentou que a "atual fase do conflito tragicamente tenha custado a vida de civis israelenses e palestinos, incluindo crianças" e "expressou apoio a medidas que permitam ao povo palestino gozar da dignidade, segurança, liberdade e oportunidades econômicas que merecem".