O padre italiano Pier Luigi Maccalli, sequestrado no sudoeste do Níger, apareceu pela primeira vez em um vídeo, a única prova de vida desde sua captura em setembro de 2018, informou um jornal nigeriano.
O jornal Aïr Info, que não divulgou o vídeo, publicou um artigo ilustrado por uma captura de tela da gravação, na qual o padre de 59 anos aparece, vestindo roupas cinza, uma longa barba branca e olhos escondidos atrás de óculos escuros.
Ao lado dele está outro refém italiano, que fala no vídeo de 23 segundos. Ele diz que é Nicola Ciacco, de acordo com o jornal, que não especifica o local ou a data de seu sequestro.
"Posso confirmar que o vídeo é autêntico. Ele foi gravado em 24 de março", disseram os sequestrados no vídeo, disse à AFP Ibrahim Manzo, diretor do jornal Aïr Info, especificando que ainda não divulgou a gravação.
"Até o momento, não temos provas que o padre Pier Luigi está vivo", disse à AFP Thomas Codjovi, gerente de comunicação da missão católica no Níger, da qual o padre sequestrado fazia parte.
Bamoanga, a vila onde o padre italiano foi sequestrado por homens armados em motocicletas, está localizada em uma área próxima à fronteira com Burkina, onde a situação se deteriorou nos últimos meses.
Também fica perto do W Park, localizado perto das fronteiras entre Níger-Burkina-Benin, agora considerada uma área de alto risco.
O Níger é um país muçulmano com 1 a 2% de cristãos em uma população de 20 milhões. O departamento de Torodi, onde está localizada a cidade do padre italiano, é uma das áreas mais cristãs do país. Geralmente não há problemas de convívio com muçulmanos.
Desde 2015, o país enfrenta ataques jihadistas no oeste, perto do Mali e Burkina Faso, e na fronteira sudeste com a Nigéria.
* AFP