
O governador de Nova York, nos Estados Unidos, Andrew Cuomo, anunciou nesta segunda-feira (6) a extensão das medidas de confinamento devido ao coronavírus até 29 de abril. A decisão ocorre mesmo que, nas últimas 48 horas, o número de mortes diárias pela covid-19 no Estado tenha ficado abaixo de 600 e sido menor do que o recorde do último sábado.
— O sistema hospitalar está em sua capacidade máxima hoje — alertou Cuomo, em coletiva de imprensa. — A máquina está no limite. Não se pode ir mais rápido. Não pode ficar no limite indefinidamente, porque o sistema explodirá. A equipe não pode trabalhar ainda mais. Permanecer neste nível é problemático — disse.
— Se estamos alcançando um platô, é porque o distanciamento social está funcionando — defendeu. — Temos que continuar, e atividades não essenciais permanecerão fechadas até 29 de abril — informou Cuomo.
— Não é hora de relaxar — finalizou.
A multa pelos infratores aumentará de US$ 500 para US$ 1 mil. O governador disse que a queda no número de mortes é "esperançosa, mas inconclusiva", e que o número pode subir novamente. Cuomo indicou que a capacidade máxima de respiradores em hospitais estaduais já foi excedida, mas também garantiu que até agora "não há hospital que exija respiradores e que não os possua".
O Estado de Nova York, o mais afetado pelo coronavírus nos Estados Unidos, registrava 130.689 casos e 4.758 mortes devido à doença nesta segunda-feira, 599 a mais do que no domingo. O recorde de mortes em 24 horas foi alcançado no sábado, com 630 mortes. Quase 339 mil casos já foram relatados no país, segundo uma contagem da Universidade Johns Hopkins.