Um tribunal sudanês condenou nesta segunda-feira 27 membros do serviço de inteligência à pena de morte por matarem um manifestante em dezembro de 2018, de acordo com a decisão à qual a AFP teve acesso.
As 27 pessoas foram condenadas por torturar um manifestante até a morte e sentenciadas à morte por enforcamento, disse o juiz Sadok Albdelrahman.
A vítima era um professor, Ahmed Al-Kheir Awadh, que foi espancado e torturado em uma cidade no estado de Kasala, no leste do país.
Em 19 de dezembro de 2018, centenas de sudaneses começaram a protestar em várias cidades após a decisão do governo de triplicar o preço do pão em meio a uma crise econômica.
Os protestos foram transformados em uma revolta que terminou em 11 de abril com a demissão pelo exército do presidente Omar el Bashir, após 30 anos de poder totalitário.
Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 177 pessoas perderam a vida na repressão do movimento - mais de 250, segundo um comitê de médicos perto dos manifestantes - em particular no massacre de 3 de junho diante do quartel-general do exército em Cartum.
* AFP