O principal movimento de protesto no Sudão concordou na quarta-feira em retomar "negociações diretas" com os generais no poder, um dia depois de um convite de mediadores africanos para discutir a formação de um órgão de transição no país.
Após a destituição pelo exército do presidente Omar al Bashir em abril passado, o Conselho Militar de Transição mantém uma briga com a Aliança pela Liberdade e Mudança (ALM), ponta de lança dos protestos.
"A ALM realizou uma reunião e decidiu aceitar o convite para realizar negociações diretas", disse Madani Abbas Madani, um dos líderes dos protestos da oposição, em entrevista coletiva.
Por sua vez, o conselho militar ainda não se pronunciou sobre o convite de diálogo feito pelos mediadores da Etiópia e da União Africana (UA), que propôs a ambas as partes que voltassem à mesa a partir desta quarta-feira.
Uma das condições levantadas pelo movimento de protesto é que essas conversas tenham resultados concretos em um curto período de tempo.
As negociações foram suspensas em 20 de maio e a tensão aumentou após a sangrenta dispersão, em 3 de junho, de uma manifestação do lado de fora da sede do exército em Cartum.
* AFP