O desabamento de um prédio em construção no Camboja deixou 18 mortos e 24 feridos, segundo novo balanço das autoridades locais um dia depois da tragédia. O prédio de sete andares, propriedade de uma empresa chinesa e situado na localidade costeira de Sihanoukville, caiu quando havia dezenas de trabalhadores em seu interior.
Quatro pessoas foram detidas no âmbito da investigação do acidente, incluindo o proprietário do edifício, o chefe da empresa de construção e da empreiteira. Um proprietário de terras também foi detido na sede da província para interrogatório.
O prédio estava 80% construído antes do desabamento, no acidente mais mortal do tipo no Camboja nos últimos anos. As autoridades não estão cientes do número exato de desaparecidos, que podem chegar a dezenas.
Pelo menos 24 pessoas ficaram feridas, várias delas em estado crítico, e pelo menos três dos mortos eram cambojanos, incluindo dois operários e um tradutor. De acordo com o governador de Preah Sihanouk, Yun Min, 50 pessoas trabalhavam na construção. Dezenas de soldados e policiais se juntaram à busca de sobreviventes.
O edifício pertencia a um cidadão chinês que pagava pelo aluguel do terreno a um proprietário cambojano. A construtora e a empreiteira também são de propriedade chinesa.
Sihanoukville era uma tranquila comunidade de pescadores até a chegada de mochileiros ocidentais, que foram seguidos por turistas russos. Nos últimos anos, a cidade conhecida por seus cassinos recebeu muitos investimentos chineses, o que deflagrou uma explosão imobiliária.
Atualmente, há 50 cassinos de cidadãos chineses e dezenas de complexos hoteleiros em construção. Camboja, um dos países mais pobres do sudeste da Ásia, tem regulamentos pouco severos sobre a segurança na construção.