Três terremotos atingiram a região central da Itália na manhã desta quarta-feira, em uma área sob a neve e já abalada por uma série de abalos sísmicos em agosto e outubro. De acordo com institutos de controle, os tremores alcançaram magnitudes compreendidas entre 5,3 e 5,7.
O primeiro tremor, de magnitude 5,3, foi registrado às 10h25min (7h25min, no horário de Brasília). O segundo, mais forte e extenso, de 5,7, ocorreu por volta das 11h14min (8h14min de Brasília) e o terceiro, de 5,5, às 11h25min (8h25min de Brasília). A região central italiana sofre há dez dias com fortes nevascas que deixaram muitas das estradas impraticáveis.
Os três tremores foram sentidos em Roma, mas até o momento não havia relatos de danos ou vítimas. Na capital, as autoridades suspenderam os serviços de trem subterrâneo por razões de segurança e a sede do ministério das Relações Exteriores, assim como algumas escolas, foram evacuados.
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Segundo a Defesa Civil, os epicentros se localizaram entre Montereale, Capitignano, Campostoto, Barete, Pizzoli e Amatrice –localidade mais afetada pelo terremoto que deixou mais de 300 mortos, em 24 de agosto. Na terça-feira, nevascas provocaram o desamamento do hospital de campanha provisório instalado com módulos infláveis em Amatrice.
"Não tenho palavras", diz prefeito de Amatrice
– Não sei o que fizemos de mal, ontem nevascas de até 2 metros e agora o terremoto. O que se pode dizer? Não tenho palavras – comentou, desconsolado, à televisão o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi.
– A situação é dramática, as estradas não podem ser utilizadas devido à neve, temos poucos meios, outros estão danificados. Não podemos enfrentar esta guerra sem arcos e flechas – lamentou Stefano Petrucci, prefeito de Accumoli, outras das aldeias atingidas pelos terremotos.
No dia 26 de outubro, dois tremores de 5,5 e 6,1 de magnitude, um pouco mais ao norte, provocaram importantes danos, embora sem causar vítimas, assim como outro terremoto de 6,5 no dia 30 de outubro perto de Norcia, abalou novamente a região.
As regiões de Abruzzo, Lazio e Marcas, e inclusive Roma, a mais de 100 quilômetros de distância, foram afetadas com os novos terremotos. As escolas de Abruzzo e Marcas que não haviam sido fechadas devido à neve foram evacuadas pelos terremotos. Os serviços de emergência também mobilizaram helicópteros para controlar o impacto dos tremores.
Até o momento, não há informações sobre desabamentos, mas os moradores da cidade de Áquila, afetada pelos terremotos anteriores, saíram às ruas e foram registradas cenas de pânico.
O prefeito, Massimo Cialente, afirmou que até o momento não foram registrados danos, mas reconheceu que a "situação é muito difícil, já que é preciso somar às nevascas o terremoto".
Em Amatrice, a antiga e bela cidade montanhosa devastada por um terremoto anterior, o que restava da torre medieval desabou.