Uma frota de 20 barcos transportando dezenas de ativistas palestinos e estrangeiros partiu nesta segunda-feira do porto de Gaza, alegando ter cruzado o limite de seis milhas náuticas impostas por Israel, o que o Exército israelense negou.
Após sua partida e em seu retorno, com a presença de jornalistas da AFP, os participantes da "flotilha pela resistência e a justiça" anunciaram em um comunicado que "quebraram o bloqueio naval à Faixa de Gaza, atingindo seis milhas náuticas (cerca de 11 km), apesar das ameaças israelenses para bani-los".
Questionado pela AFP, um porta-voz militar israelense se limitou a afirmar que a frota não tinha excedido o limite de seis milhas náuticas ao largo da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
Os organizadores disseram em um comunicado que, "ao contrário das flotilhas que tentaram romper o cerco do exterior, esta partiu da cidade de Gaza".
De acordo com o último relatório do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), de 19 a 25 de novembro, "forças navais israelenses dispararam tiros de advertência em, no mínimo, quatro ocasiões esta semana para barcos palestinos de pesca que se aproximaram do limite de seis milhas náuticas".
Sob os termos de um cessar-fogo concluído em 21 de novembro de 2012 com o Hamas, sob a égide do Egito, Israel concordou em aliviar o bloqueio marítimo de Gaza, permitindo que os pescadores chegassem até seis milhas náuticas em vez de três.
No entanto, voltou ao limite de três milhas náuticas em várias ocasiões em retaliação a ataques de foguetes contra seu território a partir de Gaza.