Empresários gaúchos inventaram um esquema azeitado para driblar o pagamento de impostos e lucrar bilhões. Contrabandeiam soja e milho desde a Argentina (muitas vezes, plantados por brasileiros naquele país), misturam com cereais produzidos legalmente no Brasil, pagam aos contrabandistas por meio de criptomoedas, criam empresas fictícias para dar ares de legalidade para a operação e multiplicam lucros em ações internacionais de comércio exterior. É o que apurou o Grupo de Investigação da RBS (GDI) ao longo do último ano, com flagrantes próprios e ao acompanhar ações da Brigada Militar, da Polícia Civil e da Polícia Federal.
Crime organizado
Notícia
Da plantação à travessia das águas, da compra do grão à lavagem do dinheiro: como funciona o contrabando de soja na fronteira gaúcha
Esquema revelado pelo Grupo de Investigação (GDI) no ano passado continua a ocorrer entre o Brasil e a Argentina. Empresários lucram até mais do que o dobro na compra de forma ilegal. Caminhões receptam cereais trazidos por barcaças que cruzam o Rio Uruguai