A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na manhã desta segunda-feira (28) focou no debate sobre a unificação das duas comissões que investigam o mesmo objeto — supostas irregularidades em compras feitas pela Secretaria Municipal da Educação (Smed).
O encontro também foi marcado por manifestações sobre a aprovação do projeto que criou o "Dia Municipal do Patriota", a ser comemorado em 8 de janeiro, mesma data dos ataques às sedes dos três poderes, em Brasília.
O presidente da Câmara de Vereadores, Hamilton Sossmeier (PTB), convocou vereadores para propor que o Legislativo organize o mais rápido possível a revogação da lei. Sossmeier também intermediou, na manhã desta segunda, reunião entre os vereadores Mari Pimentel (Novo), que preside uma das CPIs, Idenir Cecchim (MDB), que preside a outra, Mauro Pinheiro (PL) e Moisés Maluco do Bem (PSDB). Mari pediu o encontro a fim de buscar diálogo para que a comissão presidida por ela funcione.
Foi discutida, mais uma vez, a possibilidade de unificação das comissões, situação que Mari só aceita se for mantida na presidência. Cecchim diz não se opor. Outra alternativa será permitir a escolha de relator por meio de eleição. Mari havia designado Roberto Robaina (PSOL) como relator, mas os aliados do governo não aceitaram, exigindo eleição. A polêmica foi parar até na Justiça, que indeferiu pedidos liminares de Mari e de Robaina.
Depois da reunião, a sessão da CPI transcorreu em clima mais sereno. Foi anunciado que na próxima segunda-feira (4) ocorrerá a eleição do relator da CPI presidida por Mari. Antes disso, na quinta-feira (31), quando funciona a sessão da comissão comandada pela base aliada ao governo, Mari estará compondo a mesa ao lado de Cecchim.
Neste dia, está marcado para ocorrer o depoimento do empresário Jailson Ferreira da Silva. Ele esteve envolvido em seis vendas de livros e laboratórios à Smed ao custo de R$ 43,2 milhões, todas realizadas em 2022.
O debate sobre unificar ou não as duas comissões deve seguir depois da sessão de quinta-feira.