Reportagem do Grupo de Investigação da RBS (GDI) mostrou que, só na Justiça Federal, tramitam 2.891 processos relativos a problemas construtivos ou abandono de prédios populares no Rio Grande do Sul.
Na maior parte dos casos, as pessoas conseguem habitar o imóvel, ainda que de forma precária: em alguns chove dentro, em outros há rachaduras onde cabe uma mão. Já algumas ações judiciais envolvem residências que jamais foram entregues. O mutuário pagou e não levou a casa prometida.
A seguir, veja dicas para fugir das armadilhas ao comprar um imóvel na planta:
- Consulte o histórico de imóveis entregues pela construtora e entre em contato com alguns proprietários para saber se houve algum problema.
- Verifique o que as pessoas comentam nas redes sociais e sites sobre a construtora e seus imóveis.
- Antes de assinar o contrato, solicite cópia de todos os documentos (matrícula do imóvel, memorial descritivo, negativas fiscais, etc.), e procure um corretor e/ou advogado imobiliário. Estes profissionais estão aptos a realizar pesquisas mais detalhadas sobre a construtora e analisar todas as cláusulas do contrato, pois nem sempre o que é exposto verbalmente consta no documento escrito.
- Acompanhe a evolução da obra e verifique se está cumprindo o cronograma. Você consegue descobrir se uma obra vai atrasar enquanto ela está evoluindo. Não espere para reclamar e tomar providências depois que o atraso já ocorreu. Quanto antes forem tomadas providências, menor o problema a ser resolvido.
- Ao visitar o imóvel, antes de mobiliar, observe ele em diferentes condições e horários (chuva/sol, dia/noite) a fim de verificar suas particularidades (infiltrações, poluição sonora, luminosidade, etc.), pois há prazo para buscar a reparação dos danos junto à construtora.
Fontes: Justiça Federal e advogados Luciano Dolejal Freitas e Rafael Paiva Nunes.