
O Grupo RBS realizou, nesta segunda-feira (14), um encontro com deputados estaduais para debater formas de impulsionar o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. A conversa abordou temas como educação e qualificação profissional, a necessidade de auxílio ao setor agrícola e o preparo necessário para enfrentar uma nova realidade climática. Desde março, uma série de reuniões promovidas pela RBS busca ouvir setores da sociedade para direcionar uma nova fase do movimento Pra Cima, Rio Grande, prevista para ser lançada no final deste mês.
Participaram do encontro, organizado pelo Conselho Editorial da RBS, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas (PT), líderes de bancada dos diversos partidos e integrantes da Mesa Diretora: Dimas Costa (PSD), Eduardo Loureiro (PDT), Elton Weber (PSB), Felipe Camozzato (Novo), Aloísio Classmann (União Brasil), Gustavo Victorino (Republicanos), Luciano Silveira (MDB), Miguel Rossetto (PT), Marcus Vinícius de Almeida (PP), Professor Bonatto (PSDB) e Rodrigo Lorenzoni (PL). Eles foram recebidos pelo CEO do Grupo RBS, Claudio Toigo Filho e pela diretora-executiva de Jornalismo e Esportes, Marta Gleich, além de comunicadores e líderes das redações.
Na reunião, os deputados ressaltaram a importância de uma abordagem colaborativa para abordar os desafios enfrentados pelo Estado. Políticas públicas eficazes para setores fundamentais como educação, agricultura, saúde e sustentabilidade foram temas da discussão, assim como o desafio de equilibrar as contas do governo estadual e de colocar o Rio Grande do Sul em um trilho de desenvolvimento semelhante ao de outros Estados.
Além de destacar a importância da união política para garantir avanços no desenvolvimento do Estado, os parlamentares também apontaram a relevância do papel da imprensa em dar visibilidade aos temas prioritários para o desenvolvimento.
— A partir da crise provocada pela tragédia das enchentes, queremos ser uma arena segura para discutir como podemos sair melhor enquanto sociedade. É possível fazer isso de forma mais fácil a partir de convergência dos projetos, dos desafios que todos têm em comum — afirmou Toigo.
O que eles disseram
Aloísio Classmann (União Brasil): "Precisamos de securitização para resolver o endividamento do setor agrícola. E aqui no Estado precisamos integrar as políticas de reconstrução do governo federal e do Estado com os Municípios."
Dimas Costa (PSD): "O tema da mobilidade urbana na Região Metropolitana é fundamental. A frente parlamentar que trata do assunto é muito importante. A população vive este caos todos os dias."
Elton Weber (PSB): "Temos uma tarefa conjunta importantíssima, de tratar do tema da reconstrução com equilíbrio, especialmente no setor rural, que está em um momento crítico e precisa de ajuda, depois de 14 estiagens em 20 anos."
Eduardo Loureiro (PDT): “Talvez o grande desafio que temos seja apostar nas convergências em meio às diferenças, com respeito e tolerância, o que tem faltado muito no debate político nacional.”
Felipe Camozzato (NOVO): "Precisamos lidar com a aprendizagem, especialmente das séries iniciais, e a questão da infraestrutura logística para aumentar a produtividade no estado."
Gustavo Victorino (Republicanos): "A revisão do pacto federativo é essencial. Não dá mais para continuar levando o Rio Grande do Sul com repasses de recursos insuficientes do governo federal."
Luciano Silveira (MDB): "Precisamos entregar o serviço público de qualidade na ponta. A nossa preocupação é com a reconstrução do estado, que está muito longe, física, financeira e psicologicamente."
Marcus Vinícius de Almeida (PP): "Temos de enfrentar a dificuldade do Estado em conceder incentivos fiscais com as novas regras da reforma tributária. Perder instrumentos como o Fundopem será um impacto na atração de investimentos."
Miguel Rossetto (PT): "Precisamos de uma agenda propositiva de desenvolvimento sustentável que atualize a estrutura da economia gaúcha. Buscar os setores que nos ajudarão a criar um equilíbrio entre agricultura, que continuará forte, indústria e serviços."
Pepe Vargas (PT): "A mudança climática também pode trazer oportunidades de novos modelos de desenvolvimento com maior valor agregado. É um assunto que veio para ficar."
Professor Bonatto (PSDB): "O maior patrimônio que o Estado pode ter é a capacidade de desenvolvimento humano. O RS perdeu ao longo da história a efetiva ação de desenvolver as pessoas através da educação."
Rodrigo Lorenzoni (PL): "Há 30 anos o Estado discute a máquina pública. Todos os governos tiveram avanços, mas foram insuficientes. O problema do custo e eficiência da máquina é um pilar fundamental para o desenvolvimento.”