A prefeitura de Torres, no Litoral Norte, e a de Passo de Torres, em Santa Catarina (SC), terão 60 dias para apresentar ao Ministério Público um novo estudo técnico da ponte Anita Garibaldi, conhecida como ponte de concreto. O prazo para conclusão do estudo consta em um termo de acordo intermunicipal para manutenção da ponte, assinado na última quinta-feira (23) pelos prefeitos das duas cidades.
A estrutura, que divide os dois municípios, passa sobre o Rio Mampituba. Conforme a promotora de Justiça de Torres, Dinamárcia Maciel de Oliveira, o acordo prevê a cooperação entre as duas cidades para custeio de laudos e posterior realização das obras de reparos estruturais.
A medida atende uma determinação judicial no âmbito de uma Ação Civil Pública, ajuizada em abril do ano passado pelo Ministério Público, após um laudo apontar que a ponte não recebia manutenção adequada e apresentava avançada deterioração nos taludes.
Restrição de tráfego
Durante a audiência, também foi cobrado o cumprimento da liminar por parte da prefeitura de Torres quanto às obras de estreitamento da cabeceira da ponte do lado gaúcho.
Em dezembro do ano passado, o município deveria ter instalado um limitador físico para evitar a passagem de veículos com peso maior que de 10 toneladas no local.
No lado catarinense, a estrutura já foi instalada, e apenas caminhões do Corpo de Bombeiros estão autorizados a fazer a travessia. Cada prefeitura optou por um projeto diferente para a contenção. Em Torres, foram colocados inicialmente cones e barreiras para restringir o tráfego.
Procurada pela reportagem da Zero Hora, a prefeitura de Torres informou que as obras de contenção da ponte iniciaram na segunda (27), com previsão de conclusão para o dia 23 de fevereiro.
O projeto prevê a instalação de um limitador de altura, balizador de concreto que estreita o trânsito, e uma espécie de canteiro central, também em concreto (veja foto do projeto abaixo).